Oficialmente, os representantes do Facebook nunca anunciaram o desenvolvimento de seu próprio smartphone. Mas isso não impediu que especialistas e consumidores comuns esperassem seu lançamento e se perguntassem como seria o gadget, que perspectivas o aguardam e quando exatamente ele estará à venda. O anúncio de Mark Zuckerberg de que não haverá nenhum "smartphone" do Facebook soou como um raio do nada para muitos.
O fundador da popular rede social negou rumores existentes em 27 de julho de 2012, quando comentou sobre o relatório financeiro trimestral da empresa. De acordo com Zuckerberg, criar um smartphone de marca não faz sentido. Na verdade, mesmo sem isso, existem aplicativos do Facebook para quase todos os tipos de dispositivos móveis com qualquer sistema operacional. Segundo as estatísticas, as versões mobile do site são utilizadas por cerca de 20% de todos os visitantes da rede social, e esse número está aumentando a cada dia. Portanto, seria mais conveniente direcionar esforços para a integração máxima possível dos serviços do Facebook com tecnologias móveis populares e existentes. Em primeiro lugar - com o IOS 6 da Apple.
No entanto, tais declarações não significam de forma alguma que a Bloomberg e a DigiTimes basearam seus relatórios no desenvolvimento do Facebook em informações deliberadamente falsas. É provável que o Facebook, em conjunto com a HTC, pretendesse realmente lançar um smartphone full brand além dos modelos HTC ChaCha e SalSa desenvolvidos para a rede social, tendo abandonado essa intenção apenas recentemente, face à atual situação do mercado.
Para competir com sucesso com a Samsung e a Apple, você precisa não apenas criar um produto original digno, mas também ter todos os documentos “permissivos” em suas mãos - patentes, licenças e assim por diante. Afinal, a luta pelo consumidor final entre as líderes de vendas está sendo travada não só nas vitrines, mas também nos tribunais. Mesmo a fraca concorrência do Nokia Lumia levou a litígios com o Google no Comitê Europeu de Concorrência. E recentemente, as "regras do jogo" tornaram-se ainda mais rígidas.
Desde o verão de 2012, o Google. Inc mudou os termos de uso de seu sistema operacional Android em dispositivos de terceiros. As alterações no sistema operacional agora só podem ser feitas após a aprovação do Google. O smartphone do Facebook foi planejado para ser lançado com base em uma versão fortemente modificada do Android. Para chegar a um acordo sobre as mudanças necessárias, a empresa de Zuckerberg teria que desclassificar uma série de informações importantes, o que é inaceitável na competição - a rede social Google+ e o mensageiro do Google Talk são rivais diretos do Facebook na luta pelo público da Internet.
Também vale a pena considerar os resultados muito desagradáveis do IPO do Facebook, em que a empresa sofreu perdas significativas. E suas perspectivas futuras também não são muito brilhantes. Os preços das ações continuam caindo. Alguns anunciantes duvidam da eficácia dos anúncios postados na rede social, apagam suas páginas e exigem reembolso, garantindo que os cliques nos links não sejam feitos por usuários reais, mas por bots. Aliás, segundo cálculos da própria empresa Facebook, divulgados em 2 de agosto de 2012, em seus espaços abertos há um usuário falso para cada 10 usuários reais. Os céticos afirmam que existem muito mais contas “falsas”. Finalmente, no mesmo dia - 2 de agosto de 2012 - soube-se que mais três gerentes de topo deixaram o Facebook ao mesmo tempo (três funcionários-chave deixaram a empresa ainda mais cedo).
Aparentemente, Zuckerberg não está disposto a novos projetos agora - ele manteria os existentes.
