A empresa finlandesa Nokia tomou a decisão de fechar todas as lojas da marca em maio, mas o público só ficou sabendo em junho. No entanto, o mercado russo continua sendo uma das prioridades da Nokia, apenas a forma de vendas mudará.
Eric Bertman, vice-presidente da empresa para a região da Eurásia, anunciou o fechamento de todas as lojas Nokia. No início de 2012, a empresa contava com 57 lojas próprias, das quais 44 eram operadas pela Nosimo, e as restantes eram operadas pelo re: Store Retail Group.
Um dos possíveis motivos para o fechamento de lojas foi a queda nas vendas de celulares na Rússia e no mundo. No mercado de smartphones em rápido crescimento, a Nokia ficou muito atrás de seu principal concorrente, a Samsung. Se no 1º trimestre de 2011 a Nokia ocupou a 1ª posição em termos de participação nas vendas globais de smartphones (60,7%), então, no mesmo período de 2012, a participação nas vendas caiu quase pela metade (31,9%), caindo a empresa imediatamente para o terceiro lugar. Mesmo assim, de acordo com o número total de aparelhos vendidos, a Nokia ainda ocupava o primeiro lugar - 38,6% do mercado contra 36,4% da Samsung.
Esta situação não deixou de alarmar a administração da Nokia, uma análise aprofundada do mercado e as últimas tendências foi realizada. O negócio monomarca, em que a empresa confiava, deixou de se justificar. Se há alguns anos todos os novos itens apareciam na Nokia e só então eram copiados por outros fabricantes, hoje quase qualquer empresa pode lançar um produto interessante. O comprador prefere comparar modelos de marcas diferentes e escolher o mais interessante para ele.
Em maio de 2012, foi rescindido o contrato com a gestora de lojas Nosimo, que decidiu redesenhar as lojas em showrooms monomarca Samsung. As empresas de gerenciamento desenvolveram o varejo de telefones Nokia por conta própria, sem financiamento da Nokia.
As vendas nas lojas da marca sempre foram bastante altas, mas sua participação na receita total é insignificante. A administração da Nokia considerou que o fechamento dos showrooms não afetaria a participação das vendas de telefones da empresa no mercado russo; as lojas online, os showrooms dos parceiros e as zonas da marca Nokia nos varejistas seriam suficientes. É nessas áreas que os canais de distribuição de produtos serão desenvolvidos hoje.
O fechamento de lojas é apenas parte da política anticrise da Nokia. Além disso, está prevista a redução significativa do número de funcionários, a divisão de elite da Vertu e o lançamento de smartphones super baratos com a marca Nokia.
